Tribunal de Justiça da Paraíba comemora hoje 124 anos de sua instalação
A entrega do Memorial do Poder Judiciário e lançamento de livros marcarão o aniversário do Tribunal
O Tribunal de Justiça da Paraíba completa nesta quinta-feira, dia 15 de outubro, 124 anos de sua instalação. Para comemorar a data, a gestão do presidente Marcos Cavalcanti, através da Comissão de Cultura e Memória do Poder Judiciário, que tem a frente a desembargadora Fátima Bezerra Cavalcanti, vai promover uma série de eventos, com ênfase para a inauguração do Memorial do Poder Judiciário estadual, e lançamentos de livros, além da realização sessão solene alusiva à tão importante data, a partir das 15h, no Pleno do Tribunal.
A Corte de Justiça da Paraíba foi instalada oficialmente no dia 15 de outubro de 1891.Consta na programação o lançamento do livro “João Suassuna – um magistrado que governou a Paraíba” de autoria do desembargador presidente do TJPB, Marcos Cavalcanti, com o jornalista José Nunes, além da outorga da Medalha e Diploma do Mérito Judiciário na Categoria Bons Serviços ao servidor Alyson Souto Diniz.
Em ato contínuo, haverá o lançamento do Memorial Virtual do Judiciário paraibano e a entrega do Memorial “Desembargador Heráclito Cavalcanti Carneiro”, instalado no primeiro pavimento do Palácio da Justiça. Durante o acontecimento será distribuído plaquete sobre a vida do desembargador Heráclito Cavalcanti, quando da instalação do Memorial, que leva o seu nome.
De acordo com o presidente Cavalcanti, o evento é de grande importância pois o Tribunal mantém a tradição de comemorar a datas, inclusive, com lançamento de livros. “Sem dúvida é um momento por demais gratificante lançar os nossos livros por ocasião do aniversário do Tribunal”, acrescentou.
A data será marcada, principalmente, com atividades culturais. “Sim, todos os anos o Tribunal festeja essa data e em nossa gestão vamos promover uma série de ações culturais”, afirmou.
O livro “João Suassuna – um magistrado que governou a Paraíba” tem apresentação do professor Francelino Soares de Sousa. Na solenidade de lançamento, a obra será apresentada pelo neto de Ariano Suassuna, João Urbano Bezerra Suassuna, secretário de Executivo para Politicas para Crianças e Juventude do Estado de Pernambuco. A capa é do designer Martinho Sampaio, com foto do quadro de Flávio tavares, onde aparece Ariano e o pai (João Suassuna), do acervo da Academia Paraibana de Letras.
O livro que ele o desembargador e acadêmico Marcos Cavalcanti estará lançado, em parceria com o jornalista José Nunes, traz à tona a personalidade de João Suassuna, pai do escritor Ariano Suassuna, e homem público que governou a Paraíba antes de João Pessoa. “Exato, o pouco que se sabe desse magistrado que governou a nossa Paraíba é que ele foi presidente do Estado, anteriormente ao presidente João Pessoa. Quando João Pessoa foi assassinado, em 1930, ele (João Suassuna) era deputado federal, já tinha governado a Paraíba, tendo sido assassinado no dia 9 de outubro de 1930”, enfatizou o acadêmico.
No livro de Cavalcanti e Nunes, o leitor vai encontrar muitos fatos marcantes, como a carta deixada por João Suassuna para sua esposa, dona Ritinha, encontrada no bolso do seu paletó, na qual, parece que prevendo o que aconteceria com ele, faz revelações que mais parecem uma despedida. A carta serve como documento que emociona. “João Suassuna, diante de todos os acontecimentos, percebia que poderia ser morto a qualquer momento”, comenta Nunes.
A obra, segundo o magistrado, é resultado de uma pesquisa feita com o jornalista Nunes, traz a biografia ampliada do presidente João Suassuna. “Ele foi um grande juiz de Direito em nosso Estado, não tendo chegado a desembargadoria por ter entrado na Política. “É mais uma obra nossa, desta vez em parceria com o jornalista José Nunes, estudamos juntos e vamos lançar essa magnifica obra”, resumiu o presidente.
Segundo o jornalista José Nunes, quando ocorreram as comemorações dos 80 anos do que se passou a chamar Revolução de 30, João Suassuna ficou relegado a um segundo plano enquanto personagem daqueles acontecimentos. “Sabíamos da existência de poucas coisas escritas sobre ele, porque os olhares tinham se voltado para outra personagem, João Pessoa, que teve e continua tendo seus méritos. Fomos buscar respostas verificando documentos, tomando depoimentos, analisando.”, disse.
O magistrado e escritor Cavalcanti lembrou ainda que João Suassuna começou seu trabalho em Umbuzeiro, terra natal do presidente João Pessoa, e depois foi juiz em Campina Grande, até chegar ao Governo (1924 a 1928).
Histórico – João Urbano Pessoa de Vasconcelos Suassuna nasceu em Catolé do Rocha, no dia19 de janeiro de 1886, e morto no Rio de Janeiro a 9 de outubro de 1930. Estudou na Faculdade de Direito do Recife, onde se bacharelou em 1909. Iniciou sua carreira de advogado em Mossoró, no Rio Grande do Norte e depois assumiu o cargo de juiz nas cidades de Umbuzeiro e Campina Grande e na sequência, Monteiro. Também foi Procurador da Fazenda Nacional.
Passou a auxiliar o Governo do Presidente Castro Pinto, continuou com o Presidente Antônio Pessoa, quando este assumiu o Governo do Estado por um curto período. No começo do século vinte, a Magistratura tinha muito influência na política, muitos vice-presidentes do Estado eram magistrados, como, por exemplo, Antônio Massa, antigo Juiz em Campina Grande e na Capital, igualmente Pedro Bandeira, em Guarabira e Francisco Montenegro, em Alagoa Grande.
Na gestão de Álvaro Machado (1892 a 1912), muitos juízes assumiram as chefias políticas municipais, como Heráclito Cavalcanti, Francisco Montenegro, Inácio Brito e Geminiano Jurema. Já no comando de Epitácio Pessoa na política paraibana, destacavam-se João Suassuna, José Gaudêncio, Sizenando de Oliveira e Pereira Gomes.
Por Kubitschek Pinheiro
Aniversário dos 124 anos do TJPB será no dia 15 com eventos culturais
Lançamento de livro e entrega do Memorial do Poder Judiciário estão na programação
O Tribunal de Justiça da Paraíba, através da Comissão de Cultura e Memória do Poder Judiciário, cuja presidente é a desembargadora Fátima Bezerra, vai promover a solenidade dos 124 anos do Egrégio Tribunal de Justiça, no dia 15 próximo, às 16h, na Sala de Sessões do Tribunal Pleno, e atividade cultural no Palácio da Justiça.
Consta na programação o lançamento do livro “João Suassuna – um magistrado que governou a Paraíba” de autoria do desembargador presidente do TJPB, Marcos Cavalcanti, com o jornalista José Nunes, além da outorga da Medalha e Diploma do Mérito Judiciário na Categoria Bons Serviços ao servidor Alyson Souto Diniz, o lançamento do Memorial Virtual do Judiciário paraibano e a entrega do Memorial “Desembargador Heráclito Cavalcanti Carneiro”. Durante o acontecimento será distribuído plaquete sobre a vida do desembargador Heráclito Cavalcanti quando da instalação do Memorial, que levará seu nome
De acordo com o presidente Cavalcanti, o evento é de grande importância pois o tribunal mantém a tradição de comemorar a datas. “Sem dúvida é um momento por demais gratificante lançar os nossos livro por ocasião do aniversário do Tribunal”, acrescentou.
A data será marcada, principalmente, com atividades culturais. “Sim, todos os anos o Tribunal festeja essa data e em nossa gestão vamos promover uma série de ações culturais”.
O livro “João Suassuna – um magistrado que governou a Paraíba” tem apresentação do professor Francelino Soares de Sousa. Na solenidade de lançamento, a obra será apresentada pelo neto de Ariano Suassuna, João Urbano Bezerra Suassuna, secretário de Executivo para Politicas para Crianças e Juventude do Estado de Pernambuco. A capa é do designer Martinho Sampaio, com foto do quadro de Flávio tavares, onde aparece Ariano e o pai (João Suassuna), do acervo da Academia Paraibana de Letras.
O livro que ele o desembargador e acadêmico Marcos Cavalcanti estará lançado, em parceria com o jornalista José Nunes, traz à tona a personalidade de João Suassuna, pai do escritor Ariano Suassuna, e homem público que governou a Paraíba antes de João Pessoa. “Exato, o pouco que se sabe desse magistrado que governou a nossa Paraíba é que ele foi presidente do Estado, anteriormente ao presidente João Pessoa. Quando João Pessoa foi assassinado, em 1930, ele (João Suassuna) era deputado federal, já tinha governado a Paraíba, tendo sido assassinado no dia 9 de outubro de 1930”, enfatizou o acadêmico.
No livro de Cavalcanti e Nunes, o leitor vai encontrar muitos fatos marcantes, como a carta deixada por João Suassuna para sua esposa, dona Ritinha, encontrada no bolso do seu paletó, na qual, parece que prevendo o que aconteceria com ele, faz revelações que mais parecem uma despedida. A carta serve como documento que emociona. “João Suassuna, diante de todos os acontecimentos, percebia que poderia ser morto a qualquer momento”, comenta Nunes.
A obra, segundo o magistrado, é resultado de uma pesquisa feita com o jornalista Nunes, traz a biografia ampliada do presidente João Suassuna. “Ele foi um grande juiz de Direito em nosso Estado, não tendo chegado a desembargadoria por ter entrado na Política. “É mais uma obra nossa, desta vez em parceria com o jornalista José Nunes, estudamos juntos e vamos lançar essa magnifica obra”, resumiu o presidente.
Segundo o jornalista José Nunes, quando ocorreram as comemorações dos 80 anos do que se passou a chamar Revolução de 30, João Suassuna ficou relegado a um segundo plano enquanto personagem daqueles acontecimentos. “Sabíamos da existência de poucas coisas escritas sobre ele, porque os olhares tinham se voltado para outra personagem, João Pessoa, que teve e continua tendo seus méritos. Fomos buscar respostas verificando documentos, tomando depoimentos, analisando.”, disse.
O magistrado e escritor Cavalcanti lembrou ainda que João Suassuna começou seu trabalho em Umbuzeiro, terra natal do presidente João Pessoa, e depois foi juiz em Campina Grande, até chegar ao Governo (1924 a 1928).
Histórico – João Urbano Pessoa de Vasconcelos Suassuna nasceu em Catolé do Rocha, no dia19 de janeiro de 1886, e morto no Rio de Janeiro a 9 de outubro de 1930. Estudou na Faculdade de Direito do Recife, onde se bacharelou em 1909. Iniciou sua carreira de advogado em Mossoró, no Rio Grande do Norte e depois assumiu o cargo de juiz nas cidades de Umbuzeiro e Campina Grande e na sequência, Monteiro. Também foi Procurador da Fazenda Nacional.
Passou a auxiliar o Governo do Presidente Castro Pinto, continuou com o Presidente Antônio Pessoa, quando este assumiu o Governo do Estado por um curto período. No começo do século vinte, a Magistratura tinha muito influência na política, muitos vice-presidentes do Estado eram magistrados, como, por exemplo, Antônio Massa, antigo Juiz em Campina Grande e na Capital, igualmente Pedro Bandeira, em Guarabira e Francisco Montenegro, em Alagoa Grande.
Na gestão de Álvaro Machado (1892 a 1912), muitos juízes assumiram as chefias políticas municipais, como Heráclito Cavalcanti, Francisco Montenegro, Inácio Brito e Geminiano Jurema. Já no comando de Epitácio Pessoa na política paraibana, destacavam-se João Suassuna, José Gaudêncio, Sizenando de Oliveira e Pereira Gomes.
Por Kubitschek Pinheiro