Tribunal de Justiça da Paraíba

Estudantes da UEPB consideram arquivo do Fórum Cível um patrimônio histórico da informação

À primeira vista, parece apenas um monte de documentos organizados em um arquivo. Mas, na verdade, é um patrimônio histórico da informação. Esse é o Arquivo Judicial do Fórum Cível de João Pessoa, local que conta histórias através de processos judiciais existentes desde 1855. Em cada ação processual, a narrativa de um fato social que deixou impresso um acontecimento importante na vida de um cidadão.

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Aluna Caren Anísio de Lima

É com esses olhos que Caren Anísio de Lima, 18 anos, estudante do curso de Arquivologia da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), enxerga o Arquivo do Fórum Cível. “O Arquivo é esse patrimônio tão importante da informação. Estudar Arquivologia é estudar tudo que engloba a sociedade. Devemos olhar para Arquivologia com esse olhar de cultura, patrimônio e o acesso que a gente possui e dá, não só nos livros, mas também nas documentações”, destacou a aluna.

Caren fez parte de uma turma de quase 30 alunos da disciplina de Fundamentos Arquivísticos que visitou o Arquivo do Fórum Cível, nesta sexta-feira (25). A visitação faz parte de uma parceria do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) com a UEPB para aproximar os estudantes com a prática cotidiana dessa profissão.

Diretor do Fórum Cível, Meales Melo

O diretor do Fórum Cível, Meales Melo, observa que essa parceria aproxima o Judiciário da comunidade acadêmica. “É sempre uma satisfação receber estudantes em mais uma visita técnica ao nosso Arquivo Judicial. Essas visitas representam não apenas uma oportunidade de aprendizado prático para os alunos de Arquivologia, mas também uma forma de aproximar o Poder Judiciário da comunidade acadêmica”.

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Auricélia Maria da Silva

Formação de alunos – O grupo da UEPB foi recepcionado pela chefe da Seção de Arquivo do Fórum Cível, Auricélia Maria da Silva, e servidores do local. Para aguçar a curiosidade de todos, foram expostos vários processos antigos, um deles de 1896. “O nosso acervo, o recorte temporal é de 1855 a 2016. É uma documentação riquíssima que pode fazer vários tipos de estudo, exemplo da paleografia, genealogia, história e a própria arqueologia”, relatou Auricélia, acrescentando que são 42 mil caixas, organizando mais de 1,5 milhão de processos.

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Professor Josemar Henrique

O professor Josemar Henrique de Melo reconheceu a importância dessa parceria com o TJPB, por meio do Fórum Cível, para dar acessos aos estudantes às atividades profissionais delas na prática. “O conhecimento dos alunos deste ambiente, que vai ser o espaço de trabalho, é muito importante para a formação deles. São alunos que estão conhecendo a parte prática para saber o que é um arquivo, a documentação, desde documentos manuscritos até digitais. Eles conseguem ter essa noção do ambiente”, falou.

A visita e esse contato com a prática profissional foram aprovados pelo aluno Giovani Oliveira Leite, 20 anos. “A preservação dos documentos de paleografia, a questão da identificação, os documentos para ler o que está escrito, é o que me chama mais atenção nessa questão”, contou.

Por Nice Almeida

 

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